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terça-feira, 9 de junho de 2009

Reiki e seu poder de cura


No início do século XX, um praticante do Budismo Tendai, o japonês Mikao Usui, idealizou uma prática denominada Reiki, palavra que significa "universo" (Rei) e "energia vital" (Ki). O objetivo era incentivar o desenvolvimento pessoal e espiritual. Entretanto, quem desejasse seguir seus ensinamentos deveria antes submeter-se a um ritual: Usui tocava levemente cada discípulo por um determinado tempo. Seus discípulos não só repetiam essa prática, como também utilizavam alguns símbolos de origem taoísta, cujas imagens teriam o poder de restabeler a saúde humana.
De acordo com Gala True, cientista sênior em Ética Médica do Albert Einstein Center for Urban Health Policy and Research, na Filadélfia (EUA), no tempo de Usui, "o Reiki era só uma prática espiritual, e qualquer cura física, emocional ou mental seria uma consequência natural dela".

Como a prática funciona 

 
Porém, Chujiro Hayashi, um dos alunos de Usui, aperfeiçoou a técnica, desvinculou- a das práticas meditativas e passou a utilizá-la com fins terapêuticos.
No Brasil, os ensinamentos chegaram só em 1982 e são hoje considerados tradicionais. Como, inicialmente, o método era transmitido de forma oral, nos anos seguintes surgiram outras variações. 


Ricardo Monezi, psicobiólogo e pesquisador do Reiki no Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que todo ser humano possui a capacidade de captar e transmitir energia através das mãos. "Hoje, ainda desconhece-se a natureza dessa energia, mas se cogita que ela seja elétrica, magnética ou ambas". 


Segundo Monezi, uma das hipóteses é a existência do efeito placebo: a confiança no praticante, a crença e a fé podem acionar mecanismos orgânicos regenerativos. Outra possibilidade seria a interação dos campos magnéticos de quem aplica e de quem recebe o Reiki. "Acredito na conjunção desses dois fatores", fala o especialista. "O importante é que expor-se ao Reiki traz benefícios, pois ele atua na liberação de hormônios ligados ao estresse (cortisol e adrenalina), promovendo notável relaxamento, além de agir no fortalecimento do sistema imunológico".



Os pontos mais trabalhados

Cada ponto do corpo estimula as principais glândulas endócrinas. Veja:


Na cabeça: o objetivo é ativar a hipófise, o hipotálamo, a pineal e a amídala. Esta última estímula do hipotálamo e da glândula pineal, que influenciam a melatonina, hormônio considerado importante na liberação da dopamina (substância química ligada a transtornos como esquizofrenia, depressão, ansiedade e bipolaridade).


Os pontos da tireoide e do coração: estimulam o equilíbrio da circulação; os das glândulas suprarrenais são responsáveis pela liberação da adrenalina e cortisol (relacionadas ao estresse) 


Os dos ovários e testículos: auxiliam na estabilização do estrógeno e progesterona na mulher, e testosterona no homem, capazes de influenciar o comportamento de ambos.


Tira-dúvidas sobre a técnica

- Quem é o terapeuta:
pessoa que ajuda o próximo a acessar sua capacidade natural de reagir. Porém, ao decidir submeter-se às sessões, o paciente deve procurar saber se o praticante possui formação que o habilita ao uso da técnica. A tradição ocidental é que os ensinamentos se dividam em quatro etapas (Níveis I, II, III e mestre-professor Reiki). A partir da formação de nível I, qualquer pessoa estará capacitada a utilizar em si ou transmitir o Reiki.

- Quem é o paciente: qualquer pessoa, independentemente de idade e sexo, pode receber o tratamento. Indivíduos em estados pré ou pósoperatório também podem ser submetidos ao Reiki.

- Tempo de tratamento: em geral, cada sessão dura de 1h a 1h30. "O número de sessões dependerá de cada caso, mas quatro costumam ser suficientes", informa Luiz Fernandes de Almeida, praticante, mestre-professor e pesquisador de Reiki há mais de dez anos.

- Como é a sessão: quem recebe Reiki pode estar sentado ou deitado e permanece vestido. O prático posiciona as mãos sobre determinados pontos do corpo para estimulá-los por meio da imposição ou do toque.

- Principais indicações: é considerada coadjuvante no tratamento de doenças fisiológicas, psicológicas e psiquiátricas. Distúrbios de ansiedade, dores crônicas, HIV/Aids, eventos cirúrgicos em suas fases pré e pós-operatória, esquizofrenia, bem como em especialidades como a oncologia, obstetrícia, reumatologia são outros exemplos em que o Reiki tem sido utilizado.

 
Uma técnica japonesa em que o objetivo é equilibrar as energias através dos chacras. Vale para um relaxamento e bem-estar.

Fonte: Revista Viva Saúde.

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